
- Mas vosmecê não se indigna com esses vocabulários? Dê uns tempos pra cá não se vê mais guri condizente com as crias, acredita em mim... Ô se encontro os piá descendo a ladeira da Tito e com tanto tri a gente se aconfunde tanto, só falta embarcar no mesmo trem... Bah, se ainda tivessem a vergonha de dizer obrigado... Daqui a pouco nem mate toma, se ainda faz esse tipo de coisa enquanto proseia. Mas quanto a ti, véio bom?
- Eu? Que se passa?
- Capaiz!, palpite sobre os guris, Tuia.
- Tchê, Oliveira, se acomode meu amigo. Agora todos indo pra Santa Maria não restará nenhunzinho a cá em Santiago. Dá tempo ao tempo, que de rumo cuida a estrada.
- Bah, homem; quem disse que quero me livrar dessa gurizada do tamanho do mundo? Aliás, já nem sei como andam tão livres já que se apertam nessa população. Só a cá em Santiago devem ser mais da metade, ou quase tanto que seja...
- Metade de cinquentinha? Tchê, mas olha!
- Da forma como eu ia dizendo, só não dá essa poluição de falas estranhas... cada um que me ressurge do poço fundo.
- Pois é, mas passe a cuia.
uma homenagem ao povo gaúcho, que de tanto me acolher, não vão suprir a si mesmos no frio.
6 comentários:
adorei (:
adorei tambem, muito chê; xD
o povo gaucho que me aguarde xDDD
O Poeta de Plutão
www.carlosbranco.com.br
boa...
realmente bem pensada :D
gostei de verdade
Bem sacado o conflito de gerações com tintas regionais. Valeu.
eu creio que vocábulos regionais nunca devem ser perdidos e amo os gaúchos, e os mineiros e os nordestinos também.
aqui no nordeste agente é todo de Dengo. neguinha fulô.
adoro ouvi os sons regionais
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