sábado, 27 de março de 2010

.tchê, entre os gaúchos


- Mas vosmecê não se indigna com esses vocabulários? Dê uns tempos pra cá não se vê mais guri condizente com as crias, acredita em mim... Ô se encontro os piá descendo a ladeira da Tito e com tanto tri a gente se aconfunde tanto, só falta embarcar no mesmo trem... Bah, se ainda tivessem a vergonha de dizer obrigado... Daqui a pouco nem mate toma, se ainda faz esse tipo de coisa enquanto proseia. Mas quanto a ti, véio bom?




- Eu? Que se passa?



- Capaiz!, palpite sobre os guris, Tuia.



- Tchê, Oliveira, se acomode meu amigo. Agora todos indo pra Santa Maria não restará nenhunzinho a cá em Santiago. Dá tempo ao tempo, que de rumo cuida a estrada.



- Bah, homem; quem disse que quero me livrar dessa gurizada do tamanho do mundo? Aliás, já nem sei como andam tão livres já que se apertam nessa população. Só a cá em Santiago devem ser mais da metade, ou quase tanto que seja...



- Metade de cinquentinha? Tchê, mas olha!



- Da forma como eu ia dizendo, só não dá essa poluição de falas estranhas... cada um que me ressurge do poço fundo.



- Pois é, mas passe a cuia.

uma homenagem ao povo gaúcho, que de tanto me acolher, não vão suprir a si mesmos no frio.

6 comentários:

Lívs. disse...

adorei (:

Unknown disse...

adorei tambem, muito chê; xD

o povo gaucho que me aguarde xDDD


O Poeta de Plutão

www.carlosbranco.com.br

Sam disse...

boa...

J. Arruda disse...

realmente bem pensada :D
gostei de verdade

Unknown disse...

Bem sacado o conflito de gerações com tintas regionais. Valeu.

Talles Azigon disse...

eu creio que vocábulos regionais nunca devem ser perdidos e amo os gaúchos, e os mineiros e os nordestinos também.

aqui no nordeste agente é todo de Dengo. neguinha fulô.

adoro ouvi os sons regionais

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