quarta-feira, 11 de agosto de 2010

.o encontro

O mar nunca amou a rocha, 
Mas insiste em abraçá-la. 
O dia sempre sonhou com a noite, 
Mas nunca pôde encontrá-la.
As rochas carregam os pés de quem nunca viu o rosto
Os rostos se juntam mesmo quando só precisam de encosto.

O encontro de dois rios,
O encontro em cada mão;
O encontro em dias frios
Nasce um romance-tufão.

O encontro da aurora
Com a lua, em despedida,
A separação do agora
Com amanhã sem a vida.

Os povos de cada bando
Desde extremos - ao menor,
Se encontram habitando
Que, ao planeta, faz-se um só.

É encontro, em meio ao medo,
É de lá que vem pra'qui.
É quando se une os dedos,
Cruza oculto pra mentir.

É o chão verde amarelo
Que encontra o Arco Íris;
É o pasto que, singelo
Encontra o rosto de Osíris.

É você que, ao ver espessa,
Pálida abaixo do laço,
Envolve a sua cabeça
Encontrando seu palhaço.

...Eu




"A hora do encontro é também despedida a plataforma desta estação, é a vida."
Milton nascimento




1 comentários:

Lívs. disse...

''como arroz e feijão'' te amo, minha perfeita combinação.

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