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Das cores intensas
Se fez o balão;
Nas nuvens imensas
Que mais pareciam algodão:
Do poema feito do pó,
Da pedra, areia e vento
Surge no céu voando só
O balão, de alegria isento.
O menino maravilhado
Vendo o balão no alto
Desejou desesperado
Alcançá-lo num só salto:
- Vem balão, leva-me
Quero tocar as estrelas do céu.
Alô balão, escuta-me;
Ou farei um escarcéu.
De nada gritar, adiantou
E o menino pôs-se a chorar;
E sob lágrima entôou
Um canto novo a soluçar:
- Quero fugir sem medo,
Sem sentença e sem chão...
Pra guardar o meu segredo
No ápice da constelação
E assim o menino dormiu
E o balão pousou num lugar distante...
Lívia Macedo
1 comentários:
Belíssimo poema e imagem. Que sejamos capazes de agarrar nossos sonhos, antes que eles voem pelo céu.
Beijo Lívs. =*
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