quarta-feira, 18 de agosto de 2010

.diante do portão

“Desejo passar. Abre-me o portão”
Disse o demônio ao alto Vigilante,
Que, sem mover-se, interrogou então:
“Como chegaste a senda tão distante?”

“Não me faças perguntas, abre apenas.
Porquanto aqui cheguei, o mero ensejo
De alcançar este locus me dá plenas
Razões de passar só porque desejo.”

“Quem és?”, gritou a grande Sentinela.
“Falando assim, bem vês que me inquietas.
Percebo que chegaste por aquela
Trilha feroz que segue duras retas.”

“Sim, foi esta longuíssima jornada.
Se aqui cheguei, por que me impedirias
De prosseguir? Não vou parar por nada,
Nem voltarei por tão ásperas vias.

Só posso seguir mais e mais adiante
E não revogarei tal decisão,
Não cabe desistir já tão distante.
Agora... deixar-me-ás passar, ou não?”

Yuri Ikeda, o felino

3 comentários:

Sphynx disse...

O felino?

O gatuno?

O bichano?

Hehehe. Até que ficando curioso esse início da história do demo. Espero que o resto preste~

Lívia Inácio disse...

"Só posso seguir mais e mais adiante
E não revogarei tal decisão,
Não cabe desistir já tão distante.
Agora... deixar-me-ás passar, ou não?”
- Não se ache importante
ei de dar-lhe uma lição
volte atrás,seu irritante!
ou te mato no portão!

Eis o assassinato.

.nossasminiaturas disse...

HAHAHAHA, boa!

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