domingo, 15 de agosto de 2010

.sobretudo quando chove

Se apenas uma escolha me restasse
eu levaria o pôr-do-sol,
ou se uma só herança me bastasse,
um rouxinol
que cantasse a dor das distâncias
e curasse essa saudade
a me invadir enquanto eu canto,
sobretudo quando chove.







Se toda a poesia, numa palavra,
eu ficaria com "jardim"
e, um tipo só de arbusto ali se lavra,
o alecrim,
concentrando o cheiro do longe,
acalmando essa saudade
a me invadir enquanto eu canto,
sobretudo quando chove.

Se cada vez que eu penso no teu rosto,
vento virasse um vendaval,
desabaria o céu com muito gosto,
que temporal!
Tormenta no mar da memória,
rimando com essa saudade
a me invadir enquanto eu canto,
sobretudo quando chove.


2 comentários:

Talles Azigon disse...

ah meus amados ^^ vocês sempre me encantando com os modos de fazer poesia, e me ensinando e eu aprendendo.

sempre

Lívia Inácio disse...

Nossa,que graça,gente!

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