E eles não chegaram às conclusões:
- Pois toda forma de pensar - sugeria Mauro - deve estruturar-se em razões, autenticidade de pensamento. Vide o empirismo e o racionalismo: ambos se baseiam e falam por si só, tendo, como ponto de partida, que todas as coisas são adaptadas ao ser humano por meio de um ou outro instrumento, seja sensorial ou inapto.
- Todavia, - continuou Rubem - o conhecimento não deriva apenas dos argumentos. Existe a fé.
- A fé não se aplica na razão, - cortou-o, Mauro - portanto não pode ser levada a sério entre os que se utilizam da lógica. Fuja desse pensamento!
- Vamos com calma, meu amigo, - censurou Rubem - pois mesmo os empiristas não se opõem sobre os racionalistas com a certeza da verdade absoluta, ou vice e versa. E possível discutir a fé com argumentos, mesmo que seja de forma teórica, que de nada vale, mas sustenta idéias. Não sobreponha minha fonte de pensamento acusando-a de louca.
- Não o faço - explicou Mauro - Mas a partir de qual linha de raciocínio lógico você sustentaria a fé, mesmo que teoricamente?
- Provando sua real funcionalidade e praticidade - respondeu Rubem.
- Não acredito - replicou, Mauro - que possa sugerir que o mundo está caminhando por veredas fiéis à ética e a moral, devido a fé. A história toda comprova o contrário. O que acha, palhaço?
E o palhaço que, no canto da mesa, nada falara, respondeu:
- Não importa o que penso, mas o que é...
- E o que é? - perguntou Rubem.
- Uma conversa de tolos. - ... E saiu.
UMA PLAYLIST PARA O MEU FUNERAL
Há uma semana
2 comentários:
bravo bravissimo essas conversas sempre são conversas de tolos para que esse eterno discutir o intocável se podemos viver e sentir a vida que flui.
sábio palhaço (:
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