domingo, 22 de agosto de 2010

.razão, fé ou sabedoria?

E eles não chegaram às conclusões:


- Pois toda forma de pensar - sugeria Mauro - deve estruturar-se em razões, autenticidade de pensamento. Vide o empirismo e o racionalismo: ambos se baseiam e falam por si só, tendo, como ponto de partida, que todas as coisas são adaptadas ao ser humano por meio de um ou outro instrumento, seja sensorial ou inapto. 


- Todavia, - continuou Rubem - o conhecimento não deriva apenas dos argumentos. Existe a fé.


- A fé não se aplica na razão,  - cortou-o, Mauro - portanto não pode ser levada a sério entre os que se utilizam da lógica. Fuja desse pensamento!


- Vamos com calma, meu amigo, - censurou Rubem - pois mesmo os empiristas não se opõem sobre os racionalistas com a certeza da verdade absoluta, ou vice e versa. E possível discutir a fé com argumentos, mesmo que seja de forma teórica, que de nada vale, mas sustenta idéias. Não sobreponha minha fonte de pensamento acusando-a de louca.


- Não o faço - explicou Mauro - Mas a partir de qual linha de raciocínio lógico você sustentaria a fé, mesmo que teoricamente?


- Provando sua real funcionalidade e praticidade - respondeu Rubem.


- Não acredito - replicou, Mauro - que possa sugerir que o mundo está caminhando por veredas fiéis à ética e a moral, devido a fé. A história toda comprova o contrário. O que acha, palhaço?


E o palhaço que, no canto da mesa, nada falara, respondeu:


- Não importa o que penso, mas o que é...


- E o que é? - perguntou Rubem.


- Uma conversa de tolos. - ... E saiu.

2 comentários:

Talles Azigon disse...

bravo bravissimo essas conversas sempre são conversas de tolos para que esse eterno discutir o intocável se podemos viver e sentir a vida que flui.

Lívs. disse...

sábio palhaço (:

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